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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Estudo confirma que a prática de esportes na juventude diminui a incidência de diabetes e obesidade na idade adulta

      27 de outubro de 2009 (Bibliomed). A síndrome metabólica é caracterizada por alterações no metabolismo dos açucares (glicose), obesidade, hipertensão e alterações da gordura do sangue (dislipidemia). Pesquisadores finlandeses realizaram um estudo onde avaliaram os efeitos da atividade esportiva organizada na juventude sobre a síndrome metabólica na idade adulta. E, publicados no International Journal of Obesity, os resultados indicam que a participação sustentada em atividades esportivas organizadas com duração de pelo menos três anos durante a juventude está associada a um risco reduzido de desenvolver a síndrome metabólica na idade adulta.
     Participaram no estudo 704 meninos e 789 meninas com idades de 3, 6, 9, 12, 15 e 18 anos, selecionados de cidades universitárias e seus arredores rurais na Finlândia em 1980. As crianças e adolescentes foram acompanhados por 21 anos, com os dados de participação esportiva sendo avaliados em 1980 e 1983 através de questionários e exame médico. Os participantes foram divididos em atletas e não-atletas em cada reavaliação, e então classificados em quatro grupos: atleta constante, iniciante, desistente e não-atleta. E o risco de síndrome metabólica em 2001 foi definido como uma variável categórica baseada nas orientações do European Group for the Study of Insulin Resistance (EGIR) e como uma variável contínua através da soma dos valores z das variáveis metabólicas individuais.
     A participação esportiva intensa por três anos esteve inversamente e significativamente associada com o escore de síndrome metabólica e com a prevalência da condição na vida adulta definida pelo EGIR (p<0,05). Esta associação permaneceu significativa após ajuste para idade, escore basal para síndrome metabólica, tabagismo e ingestão calórica total, e após ajustes adicionais para atividade física em momentos de lazer. Os iniciantes durante três anos tiveram menor probabilidade de ter a síndrome do que os não-atletas, e os desistentes tiveram maior risco dos que os atletas persistentes. Estas associações foram atenuadas nos homens através do ajuste para todos os fatores de confusão em potencial.

Fonte: International Journal of Obesity. Sep 2009. Online. doi: 10.1038/ijo.2009.171

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